quinta-feira

MAIS CONSIDERAÇÕES SOBRE O FALSETE (parte 1) Por Mateus Martins

O falsete era inicialmente empregado para performance de "falsa voz feminina", quando cantores na igreja cantavam notas agudas.
Embora geralmente utilizemos “voz de cabeça” como sinônimo de falsete, isso é errôneo e os cientistas vocais consideram três os registros: basal, modal (com os sub-registros de peito e cabeça) e elevado (ou seja, falsete).
Os registros têm realidade auditiva, muscular, acústica e aerodinâmica diferentes.
Todos teoricamente temos zonas de passagem que podem ser mais ou menos evidenciadas por meio das quebras de registros.
Alguns cantores são naturalmente mais hábeis e essas zonas não aparecem, outros as usam como recurso interpretativo, outros ainda não têm controle sobre elas, devendo exercitar-se especificamente.
SOBRE A MUDA VOCAL
A muda vocal no sexo feminino tem início por volta dos 9 anos.
No sexo masculino a muda vocal inicia por volta dos 11 ou 12 anos. Quando ambos os sexos atingem seu desenvolvimento criança/adulto completo, observa-se que a voz masculina cai pelo menos uma oitava inteira e a voz feminina cai quase meia oitava.
Nas disfonias da muda vocal por alguma razão, a voz masculina apesar de toda a mudança no aparelho fonador (a laringe cresce, as pregas vocais aumentam), a voz não desce pelo menos uma oitava como deveria.
Existem alguns casos de mutações que não se desenvolvem completamente.
MUTAÇÃO INCOMPLETA: Descida de 4 ou 5 tons ao invés de toda uma oitava. Características vocais: voz aguda, esforço e limitação na eficiência vocal.
FALSETE MUTACIONAL: quando ocorre a muda orgânica, mas não a funcional. A laringe situa-se em posição elevada no pescoço. Características vocais: voz aguda em até duas oitavas acima da esperada, intensidade vocal reduzida, rápida fadiga vocal (nesse caso ele utiliza o falsete ora sim, ora não).
Também pode haver algum problema endócrino e o cantor ainda não ter passado pela muda vocal. Trata-se da mutação retardada, que vem associada a outras características, como falta de crescimento de pêlos e outros.
O músculo TA (tireoaritenoideo), é o músculo da prega vocal.
Para conseguirmos colocar a voz em falsete, por este som ser muito agudo, as pregas vocais devem ficar hiperalongadas e quem faz esse alongamento é outro músculo, chamado CT (cricotireoideo), que se contrai alongando o músculo vocal (TA).
Assim, o CT não é o músculo que dá o som agudo (e agudíssimo), mas ele é fundamental para que este som aconteça.
Logo mais voltaremos com a segunda parte da matéria.
Um abraço!!

MATEUS REZENDE MARTINS
Teólogo, Admistrador de empresas, Músico, Cantor e Professor de Canto.
brianmateus_7@hotmail.com
Posted by Picasa

1 Comentários:

Anonymous Anônimo disse...

Mas o homem pode cantar usando falsete normalmente? Não fica estranho? Porque falsetes são finos! E para quem tem voz grossa?
PS: O blog é muito bom!

27 abril, 2011 17:28  

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